Silvio resolveu criar uma caravana para divulgar o Baú e
vender carnês, entre números de música, teatro e apresentações em praças
públicas em São Paulo e pelo interior do Estado. Segundo Ronald Golias, o
apelido "Peru que Fala" se deve ao fato de que o Silvio, apesar da
prática em rádios, na barca e como camelô, ficava vermelho quando ficava sem
jeito. Na rádio, Silvio fazia seus anúncios comerciais, ao vivo, sem poder se
distrair com nada.
Então Ronald Golias e Manuel da Nóbrega tentavam
"atrapalhar" Silvio, colocando fita de presente em sua cabeça,
levantando suas calças até o joelho, enfim, atitudes engraçadas que o deixava
embaraçado. Ficava todo vermelho, parecendo um peru, daí "peru que
fala".
As Caravanas do Peru que Fala
eram formadas por artistas geralmente em início de carreira ou habituados aos
espetáculos itinerantes. Nomes como Humberto Simões, o ventríloquo; Chico e a
macaca Chica; os cantores Solon Salles, José Lopes e Gessy Soares de Lima; o
cantor Roberto Luna, que na época estava sendo lançado por Manoel de Nóbrega; o
comediante Barnabé; o cantor e imitador Raul Gil, além de amigos, como
Canarinho, Carlos Alberto de Nóbrega e Ronald Golias, que, com o final das
caravanas, comprou o jipe do Silvio.
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